terça-feira, maio 18, 2010

Saudades

Sinto saudades de tudo o que passamos, preferia não o sentir, sinto saudades de estar contigo, de falarmos, de trocarmos carinhos, de dormirmos juntos, de tudo, mas queria não sentir. Isto deixa-me triste, porque como é que uma coisa tão boa acabou assim, uma coisa que eu continuou a achar que tinha tudo para dar certo, azar o meu que foi no timming errado. Apesar de achar isso, sei que tudo acabou e que não há volta, que este sentimento já só vive dentro de mim, apesar de o querer arrancar com a força toda, parece que é uma doença.
Continuou todos os dias a lembrar-me de nós, do que passamos, do que vivemos, parece que procuro motivos para deixar de me sentir assim, com um vazio tão grande. Eu bem tinha razão em não querer amar ninguém, parece que adivinhei, neste momento dava tudo para que me apagassem da minha memória o que vivemos, assim não tinha que viver com estas recordações e parava de sofrer e de estar triste.
No outro dia apercebi-me de uma coisa, tirando os meus pais e o meu irmão tu és a única pessoa com quem eu me sinto mais há vontade, sem qualquer pudor, sem qualquer vergonha, até isso tu modificaste em mim.
Tenho plena noção que se te apaga-se da minha memória provavelmente tudo aquilo de bom que tu me trouxeste também iria embora, todo o caminho percorrido seria perdido, nem sei se não era melhor perder isso tudo e deixar de me sentir assim, quando acho que já deveria ter ultrapassado isto. Mas não estou a conseguir, quanto mais luto contra este sentimento mais parece que ele cresce dentro de mim, quanto mais faço para não estar triste, mais fundo caio no poço.
E por mais rodeada de amigos e pessoas que gostam de mim que eu esteja no dia dos meus anos, como que para preencher o vazio que sinto e me esquecer de ti, era a ti que eu gostaria de ter ali ao meu lado, mas não como amigo, mas não vou ter e tenho que me mentalizar disso, disso e de que provavelmente nem me irás dizer nada, ou te lembrar, apesar de o meu irmão te ter dito.
Espero conseguir-me abstrair disso, de que tu existes, de que não estás lá, porque também fui eu que tomei essa opção, não te convidei, nem faria sentido te ter na minha festa.
E assim termina o prazo que me dei a mim mesma para que as coisas se alterassem, mas também a esperança já tinha terminado há muito tempo, por incrivel que pareça no dia dos namorados, acho que foi nessa altura que me apercebi que por mais que lutasse não valia a pena, porque tu não querias mudar a situação.
Agradeço o carinho, a amizade, mas neste momento não os quero. Quando eu arrumar as minhas ideias, volto a contactar-te e ai se ainda quiseres podemos então tentar ser amigos.
Nem uma pinga de raiva eu consigo sentir de ti, como é que é possivel, mesmo depois de tudo de me iludires que as coisas podiam mudar, de me teres feito acreditar que as coisas podiam mesmo dar certo, de me teres feito amar-te.

Sem comentários: